
A campanha "Todos contra a Dengue – Para não deixar água parada, tem que se mexer" tem o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância da eliminação dos possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, por meio de ações como mutirões, distribuição de folhetos e cartazes, divulgações por meios digitais e carro de som, mobilização de grupos sociais, escolas, igrejas, entidades de classe... além da continuidade das visitas casa a casa, feitas pelos agentes.
O transmissor da dengue é o mosquito Aedes aegypti, ele se reproduz na água limpa e parada. Para deter a sua proliferação, os moradores devem acondicionar corretamente o lixo doméstico e evitar (recipientes/locais) com água parada, tanto no interior dos imóveis quanto nos quintais.
O período mais propício à proliferação é durante os meses da primavera e verão, devido à ocorrência de chuvas e temperaturas elevadas. Mas a transmissão da dengue pode ocorrer durante todos os meses.
Todo material que retém água é considerado um potencial criadouro. Por isso é importante observar nos imóveis, tanto na área externa quanto interna, se há água parada e eliminá-la imediatamente.
O Aedes aegypti não emite zumbido, como faz o pernilongo comum, e ele costuma picar durante o dia.
Caixas dágua sem tampa ou com tampa danificada (frestas):
Devem ser mantidas sempre bem tampadas e vedadas, bem como o extravasor de água (ladrão).
Reservatórios, como tonéis, tambores e outros recipientes de armazenamento de água:
Mantê-los sempre com tampa e, se não forem utilizados, mantê-los em local coberto.
Pratos de vasos de plantas:
O ideal é evitar esse tipo de suporte nos vasos de planta. Se não puder evitá-los, mantê-los justapostos ou sempre com areia grossa, de forma a evitar o acúmulo de água.
Piscinas:
Devem sempre receber a manutenção adequada à base de cloro e fungicidas. As piscinas desmontáveis (vinil) devem ser imediatamente esvaziadas após o uso e guardadas em local coberto.
Latas, garrafas, lonas, plásticos, potes, vidros, vasilhas e similares:
Devem ser acondicionados corretamente quando forem descartados, preferencialmente destinados à coleta seletiva de acordo com o cronograma no bairro.
Ralos e calhas:
Sempre mantê-los limpos, fazer inspeção de tempos em tempos para evitar obstruções e o acúmulo de água.
Pneus:
Mantê-los sempre secos em locais fechados, protegidos das chuvas
A quantidade de objetos que podem se constituir criadouros é vasta, portanto, considere que todo material ou local fixo que acumule água limpa é um potencial criadouro. O Aedes aegypti não se reproduz em água com poluentes, a fêmea do mosquito sempre irá depositar os ovos em coleções de água límpida e, assim, prosseguir em seu estágio evolutivo: ovo – larva – pupa – alado.
A equação é bem simples: Não havendo água parada, não haverá Aedes aegypti. Não havendo o mosquito, não haverá transmissão da doença. Pois a dengue somente é transmitida por meio da picada do Aedes aegypti, não sendo transmitida de outra forma.
O mosquito contaminado com o vírus da dengue pica uma pessoa sadia, que ao desenvolver a doença será o elo de transmissão desse vírus, ao ser picada por outro mosquito da mesma espécie e assim, sucessivamente, mantendo o ciclo de transmissão.
Além do controle dos criadouros, a prevenção também tem como indicação o uso de REPELENTE, principalmente em áreas sabidamente com transmissão da doença.
A dengue é uma doença infecciosa aguda, causada por vírus (quatro subtipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). Os sintomas mais frequentes são: febre, prostração geral, falta de apetite, dores musculares e articulares, dor no fundo dos olhos, cansaço, fadiga, enjoo, vômito, diarreia, entre outros.
Em muitos casos ocorrem manchas vermelhas pelo corpo (exantemas), e nem todos os sintomas ocorrem ao mesmo tempo.
Há casos, inclusive, cuja manifestação é leve, apenas com febre e dor pelo corpo, porém a dengue não causa coriza (nariz escorrendo), situação que é facilmente diferenciada de um resfriado comum.
A pessoa com dengue precisa atentar-se a alguns sinais de alarme, que podem surgir ao longo da evolução da doença e indicar o seu agravamento. São eles: dor abdominal, sangramentos/hemorragias (de mucosas como gengivas, por exemplo), queda de pressão, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, entre outros. Sempre que qualquer sintoma aparecer, deve buscar um pronto atendimento o mais breve possível, para que seja realizada avaliação médica.
Uma vez confirmada a doença, por critério clínico (constatação médica) ou exame laboratorial, o paciente deverá se manter em repouso, ingerir bastante líquido, alimentar-se bem e de forma saudável e administrar os medicamentos específicos, prescritos pelo médico.
Jamais deve se automedicar, pois a ingestão de remédios contraindicados para a dengue, como os à base de Ácido Acetilsalicílico, por exemplo, ou outras substâncias presentes nos medicamentos, poderão elevar o risco de agravamento da doença, causar hemorragias e até levar à morte.
Americana conta com um trabalho contínuo de combate à dengue realizado pela equipe do PMCD (Programa Municipal de Controle da Dengue), com o apoio de empresa contratada para auxiliar nos trabalhos.
Além das visitas de casa em casa, os agentes também desenvolvem atividades educativas e vistorias em estabelecimentos considerados pontos estratégicos, como floriculturas, borracharias, comércio de sucatas e demais ambientes que concentram quantidade expressiva de potenciais criadouros do mosquito.
Em 2024, o PMCD (Programa Municipal de Controle da Dengue) realizou visitas em 301.478 imóveis e retirou aproximadamente 70 toneladas de materiais considerados criadouros do mosquito Aedes aegypti. Os agentes ainda realizaram ações de controle em 842 imóveis considerados estratégicos, como borracharias, floriculturas, comércio de sucatas, por exemplo. Além do trabalho operacional, o PMCD também realizou 21 atividades educativas em locais com grande circulação de pessoas.